Respiro
fundo e posso sentir como se também pudesse enxergar, meus órgãos internamente
movimentando-se, num frenesi de reconhecimento superficial.
Paro então,
qualquer reconhecimento lógico e busco entender este mecanismo que
inconscientemente desenvolvi, que é capaz de desviar minhas atenções para o meu
interior, quando por algum motivo, meus sentidos não estejam absorvendo o exterior
de forma adequada, levando-me a me ater
a detalhes que não fazem parte de uma conduta racional corriqueira, como por
exemplo:
-Ficar
sentindo repentinos tremores nas mãos, pernas meio bambas, cólicas intestinais,
respiração ofegante ou sufocamento ou ...
São tantos os sintomas desagradáveis.
Será que eu
mesma criei sorrateiramente nos labirintos do meu emocional, mecanismos de
sabotagem, querendo tão somente camuflar algo, como por exemplo, o medo?
Sim é possível,
mas talvez, também pondero que possa ser minha própria natureza física que após
tantos exercícios em parceria com os sentidos, e já em um estágio avançado de
interação, se comunica em forma de manifestações reconhecíveis e ao mesmo tempo
bloqueantes, pois caso contrário, não
seria devidamente respeitada nas suas reais
necessidades.
É mais provável
que seja esta segunda teoria a mais adequada às
reações que manifestei nesta manhã que começou de uma forma e
rapidamente foi se transformando em uma aparente crise de pânico que
imediatamente, reconheci como uma suposição descabida, tendo em mente por ser devidamente reconhecida em suas
características.
Supondo que até
poderia ser, penso que como foi também imediatamente controlada, não
representaria um empecilho a continuidade de minhas atividades momentâneas, a
não ser que, também queira representar um breve alerta de que em momento algum
está-se imune a um destes ataques irracionais, fruto das ansiedades exageradas
e que nem sempre são reconhecidas pelo racional.
Bem...
Seja lá o
que tenha sido já superei, não sem antes tentar esmiuçar cada sensação, com a
preocupação de não deixar banalizar minhas reações físicas que sejam estranhas
ao que eu determinei que fosse o meu bem estar pessoal.
O que eu
desejei exemplificar, com esta narrativa foi exatamente, o enfrentamento que se
deva ter diante de um mal estar inexplicável.
Todavia,
como puderam observar, nem sempre este enfrentamento se dá, seguindo em frente
e encarando este ou aquele desafio que pode até parecer insignificante.
Enfrentar o
desconhecido de si mesmo, muitas vezes requer parar, pesquisar cada detalhe,
fazer comparações e acima de tudo não se convencer de que se trata de uma
bobagem passageira, pois em se tratando de físico e mente, nada é passageiro,
mas fruto de acúmulos de subsídios, que certamente não são afins à sua natureza
em sua real necessidade.
Portanto,
conhecer-se exige constante observação e respeito, além da compreensão de que
em todas as situações que possam surgir em seu cotidiano de vida, a prioridade
precisa ser sempre você, caso contrário, não haverá harmonia e entendimentos
necessários que lhe permita usufruí-la de maneira saudável.
Mas cuidado,
pois também pode apenas e simplesmente uma vontade imensa de nada fazer naquele
instante e aí, bem...
Esta é uma
possibilidade que não pode ser descartada.
Sorria, pois
a vida é bonita é bonita e é bonita.
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