Sozinha tendo como companhia a DENGUE ou alguns dos seus
afiliados e dos meus sonolentos cães, graças a Deus, não perdi a minha
capacidade de gostar de estar comigo e este sentimento amoroso, leva-me a
pensar em meus momentos vividos e neste, penso que sou repleta de ex., dentre
eles o de ser ex jovem, ex rica, ex publicitária, ex comerciante, ex patroa, ex
magra, ex gostosa, bem neste caso, acho eu ainda sou um pouquinho. kkkkkk
hummmm!!!
Que coisa hein!!!!!!
Gente, estou com medo de mim, será que estou com chicungunya
na mente?
Ou será que definitivamente, não ter o meu trabalho diário,
faz de mim uma desocupada de plantão em busca de piolhos existenciais?
Pode ser, mas também, pode ser apenas uma mente criativa que
ri de suas próprias mazelas, afinal, ser ex de alguma coisa é sempre sinal de
perda ou o que é pior, decadência.
E xô com qualquer sentimento que desperte em mim a auto
piedade.
Sai azar, cruz credo, Salve-me Maria Santíssima...
Será que as pessoas em algum momento de suas vidas, pensam
no que já foram ou já fizeram sem que qualquer tipo de sentimento de dor as
atinjam?
Conviver com o que já não somos capazes de ser ou de sentir
pode apenas representar itens de nossa bagagem vivencial com os quais, torna-se
irrelevante considerar e que apenas em momentos especiais de absoluta falta do
que fazer, desperta a memória?
Ou será que disfarço fazendo piadas para sufocar a minha
própria limitação em ter sido isto ou aquilo?
Porra, seja lá o que for, com certeza, não incomoda mais que
esta dor terrível que sinto nas articulações, nesta minha pontual incapacidade
de caminhar ereta e de me sentir um montinho de merda, tudo por causa desta
mosquita, filha de uma mãe desnaturada que em breve será outra ex, que
colocarei no meu estoque do já tive e do já fui.
Que coisa hein!!!!!
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