Nos últimos tempos o que mais tenho ouvido é sobre a
Constituição brasileira, o que ela permite ou não, o que a fere e o que ela não
admite em sua genuína legalidade.
Tenho visto e ouvido através dos noticiários e de programas
de entrevistadores famosos como Miriam Leitão, Alexandre Garcia e outros,
alguns políticos, juristas, ministros, enfim, autoridades de renome nacional,
discutindo ou simplesmente explicando as nulidades dos pedidos de impeachment
da presidente Dilma Houssef, mostrando didaticamente os artigos e incisos da Carta
Magna que jogam por terra os argumentos fornecidos pelo TCU em seu relatório
não aprovando as contas da gestão.
Penso então, que toda esta traficância de argumentações
possui sua validade, pois pelo menos, estamos tendo a oportunidade de conhecer
detalhes até o momento desconhecidos por grande parte da população que passou a
entender o porquê deles (tribunais) reprovarem e as câmaras aprovarem, deixando
um ponto de interrogação na leiguice de todos nós e ao mesmo tempo, suscitar
uma nova e óbvia pergunta:
- Se as análises técnicas realizadas pelos “Tribunais de
Contas” podem ser desconsideradas por vereadores, deputados estaduais e federais e pelo Senado Federal, pois são órgãos apenas
auxiliares e sem qualquer poder de punição, apesar de serem designados como
tribunais, por que existem?
Se fazem o trabalho minucioso de análise e estão competentes
à um veredicto, por que os políticos se sobrepõem as suas constatações
qualificadas?
No mínimo esquisito ao entendimento de nós, povinho sem
grandes conhecimentos constitucionais, mas cuja sensibilidade e raciocínio,
aguçam ao despertamento de querer entender, sem vergonha da possível
ignorância.
E aí, lembro do Maluf que há mais de 20 anos nega crimes
internacionais e se reelege, dando um curso intensivo aos políticos brasileiros
da pouca vergonha institucionalizada, pois nada freou sua cara de pau e abusos
ao erário público.
Como cidadã brasileira, estou começando a ter medo da
constituição de meu país, que fornece tantos artifícios de garantias às
gestões, assim como com os nossos códigos da Justiça que amparam seguidas
pedaladas políticas, manobras constitucionais que garantem ao esperto e ao malfeitor
das causas públicas, recursos e mais recursos em detrimento do povo, do bendito
povo que a tudo paga de uma forma ou de outra e na maioria das vezes de ambas.
Como entender que um Presidente da Câmara Federal, tenha
tanto poder e ainda permaneça em seu posto, frente a tantos escândalos
envolvendo seu nome e o de sua família? E ainda tem poder de “negociar” acordos
sujos com a Presidente?
Que Constituição é esta que
permite que um ex-presidente da república, adentre e use os gabinetes do Planalto
e da Alvorada, como se chefe de estado ainda fosse?
Que Judiciário é este que
desconsidera, aos olhos do povão, todas as indicações de envolvimento deste
senhor no maior escândalo que este país já vivenciou?
Estão esperando o quê?
Provavelmente um recibo de
propina assinado e com firma reconhecida, além de devidamente registrado em Cartório!
...
Na leiguice de meus parcos
conhecimentos jurídicos, já ouvi falar em provas circunstanciais e até mesmo em
testemunhas oculares.
Pensando nos ex- presidentes do
meu Brasil Varonil, jamais tomei conhecimento que um presidente da República
ganhasse tanto para possuir tantos bens.
E olha que a maioria, dispunha de
carreira profissional ou bens de família ao tomarem posse constitucional de um
cargo que deveria ser no mínimo conduzido com transparência.
Rapaz... Isto é que sorte
acompanhada de competência meteórica de causar inveja aos demais nordestinos
descamisados que migraram para SUM PAULO, para fazer sua américa pessoal.
Ou sou uma idiota completa,
analfabeta total ou o que estamos vivendo é um surrealismo tupiniquim, jamais
tão escrachado que, até faz doer.
Enquanto isto....
Tudo vai ficando pior que dantes,
no quartel de Abrantes.
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