sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Mas afinal, e nós?

           
Nos últimos tempos o que mais tenho ouvido é sobre a Constituição brasileira, o que ela permite ou não, o que a fere e o que ela não admite em sua genuína legalidade.
Tenho visto e ouvido através dos noticiários e de programas de entrevistadores famosos como Miriam Leitão, Alexandre Garcia e outros, alguns políticos, juristas, ministros, enfim, autoridades de renome nacional, discutindo ou simplesmente explicando as nulidades dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Houssef, mostrando didaticamente os artigos e incisos da Carta Magna que jogam por terra os argumentos fornecidos pelo TCU em seu relatório não aprovando as contas da gestão.
Penso então, que toda esta traficância de argumentações possui sua validade, pois pelo menos, estamos tendo a oportunidade de conhecer detalhes até o momento desconhecidos por grande parte da população que passou a entender o porquê deles (tribunais) reprovarem e as câmaras aprovarem, deixando um ponto de interrogação na leiguice de todos nós e ao mesmo tempo, suscitar uma nova e óbvia pergunta:
- Se as análises técnicas realizadas pelos “Tribunais de Contas” podem ser desconsideradas por vereadores, deputados estaduais e  federais  e pelo Senado Federal, pois são órgãos apenas auxiliares e sem qualquer poder de punição, apesar de serem designados como tribunais, por que existem?
Se fazem o trabalho minucioso de análise e estão competentes à um veredicto, por que os políticos se sobrepõem as suas constatações qualificadas?
No mínimo esquisito ao entendimento de nós, povinho sem grandes conhecimentos constitucionais, mas cuja sensibilidade e raciocínio, aguçam ao despertamento de querer entender, sem vergonha da possível ignorância.
E aí, lembro do Maluf que há mais de 20 anos nega crimes internacionais e se reelege, dando um curso intensivo aos políticos brasileiros da pouca vergonha institucionalizada, pois nada freou sua cara de pau e abusos ao erário público.
Como cidadã brasileira, estou começando a ter medo da constituição de meu país, que fornece tantos artifícios de garantias às gestões, assim como com os nossos códigos da Justiça que amparam seguidas pedaladas políticas, manobras constitucionais que garantem ao esperto e ao malfeitor das causas públicas, recursos e mais recursos em detrimento do povo, do bendito povo que a tudo paga de uma forma ou de outra e na maioria das vezes de ambas.
Como entender que um Presidente da Câmara Federal, tenha tanto poder e ainda permaneça em seu posto, frente a tantos escândalos envolvendo seu nome e o de sua família? E ainda tem poder de “negociar” acordos sujos com a Presidente?
Que Constituição é esta que permite que um ex-presidente da república, adentre e use os gabinetes do Planalto e da Alvorada, como se chefe de estado ainda fosse?
Que Judiciário é este que desconsidera, aos olhos do povão, todas as indicações de envolvimento deste senhor no maior escândalo que este país já vivenciou?
Estão esperando o quê?
Provavelmente um recibo de propina assinado e com firma reconhecida, além de devidamente registrado em Cartório! ...
Na leiguice de meus parcos conhecimentos jurídicos, já ouvi falar em provas circunstanciais e até mesmo em testemunhas oculares.
Pensando nos ex- presidentes do meu Brasil Varonil, jamais tomei conhecimento que um presidente da República ganhasse tanto para possuir tantos bens.
E olha que a maioria, dispunha de carreira profissional ou bens de família ao tomarem posse constitucional de um cargo que deveria ser no mínimo conduzido com transparência.
Rapaz... Isto é que sorte acompanhada de competência meteórica de causar inveja aos demais nordestinos descamisados que migraram para SUM PAULO, para fazer sua américa pessoal.
Ou sou uma idiota completa, analfabeta total ou o que estamos vivendo é um surrealismo tupiniquim, jamais tão escrachado que, até faz doer.
Enquanto isto....
Tudo vai ficando pior que dantes, no quartel de Abrantes.



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