Nesta manhã
sem o sol aparente, mas com o mesmo calor de quase sempre, cá estou envolvida
com os meus pensamentos, escrevendo-os e me induzindo a acreditar que farão
alguma diferença neste sistema, se bem que foi graças a insistentes pessoas aparentemente
alienadas e esquisitas, pois fogem do estereótipo mais comum de cidadão que aí está,
se formou e se desenvolveu, pois optaram em pensar, criando, sugerindo e estimulando
à outros a realizarem, ao invés de apenas criticar ou, tão somente, se conformar.
Esse foi o
fascínio que os filósofos sempre exerceram em mim com suas mentes curiosas e incansáveis
na busca de contínuos espantos de descobertas óbvias que os tumultos provocados
pela vaidade, ambição ou tão somente sobrevivência, geralmente impedem de ser
observadas.
Hoje, penso
que nossa juventude, após cursar um fundamental sólido e embasado em conhecimentos
práticos e valores éticos de convívio e
sobrevivência, deveria receber um ensino médio de excelência técnica que lhe proporcionasse
um ingresso mais amplo no mercado de trabalho, para depois, se fosse de sua vontade,
necessidade e disponibilidade, ingressar em uma universidade.
Claro que o
que estou pensando não é inédito, todavia, jamais foi implementado com o devido
rigor a complexidade da questão, optando-se
em sua maioria na facilitação aos jovens sem qualquer estrutura de sustentabilidade
financeira, e sabe-se lá do mais o que, o ingresso prematuro em universidades,
sem que o mesmo esteja devidamente preparado.
Somos cidadãos
de um país rico territorialmente, mas muito pobre de conhecimentos práticos que
nos propicie uma existência mais plena de dignidade social.
O simples e
corriqueiro fato de ainda residirmos em meio a quase total falta de políticas públicas
efetivas e rotineiras, que independam da boa vontade dos gestores responsáveis,
certamente é a prova mais contundente da inversão das prioridades sociais.
Atualmente,
formam-se doutores com conhecimento comparável aos letrados de orelhas de livros
e isso se reflete nas contínuas meias-bocas administrativas, sejam púbicas ou
privadas.
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