E aí, hoje é o último dia do ano de 2011, estou feliz, afinal consegui vivê-lo com saúde, relativo sucesso pessoal, já que consegui uma vaga em uma Instituição Federal, imaginem!
Tenho um companheiro fantástico e uma família saudável. Juntos entre os trancos e barrancos sistêmicos que só por se estar vivendo já se é exposto, ainda assim, permanecemos muito distantes das desgraças, infortúnios e doenças, o que por si só nos transforma em criaturas privilegiadas.
Como já é tradição mantida pelas variadas mídias ao longo sei lá de quanto tempo, como quase todo mundo, faço minha retrospectiva, indo além do ano em si, estendo-me pela vida afora, buscando mãe, pai, amigos, parentes, cidades, trabalhos, estudos, moradias, alegrias, encontros e desencontros, lágrimas e os muitos sorrisos e gargalhadas que fui capaz de expressar, não economizando recordações e muito menos temendo tê-las, pois ao final de cada uma, cá estou eu ainda acordando pelas madrugadas, esperando ansiosa pelos pássaros, pois com eles chegam também um novo e fascinante amanhecer, no qual eu me reconheço viva.
E como um ser que sente a sua vida sem qualquer resquício de algum pernicioso medo, que sorrateiro possa estar espreitando, curto os meus dias a meu modo quieto de existir, privilegiando o óbvio que para a maioria sequer é notado justamente por estar ali, aqui e acolá, naquela espécie de certeza continuada que fiz sempre questão de cultuar. Afinal, sei lá se estarei por aqui amanhã ou mesmo daqui a pouco para apreciar este sol que agora, neste instante, borda suavemente as copas das folhas das mangueiras de meu quintal?
Pelo sim ou pelo não, retenho em minhas retinas tão belo espetáculo, no mínimo com a certeza absoluta que se eu estiver ainda por aqui, certamente este espetáculo terá sido único, pois no decorrer de tantas contemplações, que prefiro senti-las como celebração, jamais em tempo algum presenciei repetições. A natureza é criativa e surpreendente em seus óbvios rotineiros.
Pois bem, estou viva e se você me lê, também está, e juntos podemos, se quisermos, nos tornar eternos através de cada instante presente, fazendo do ato de sentir tão somente um dom capaz de nos transformar em criaturas menos amargas, invejosas, porque afinal existimos e, para quem existe, tudo é possível, principalmente transformar a si mesmo em um ser prá lá de especial em meio a uma multidão de cegos existenciais, que fazem das “coisas” meios pelos quais justificam a falta de tempo para serem genuinamente criaturas que ainda pensam, imaginam e criam.
Que o ano de 2012, que logo nos abraçará, consiga fazer de você aquele ser voltado à vontade voluntária de sentir-se no prazeroso gozo de apenas constatar a cada instante que está vivo, podendo chorar, mas também sorrir, podendo inclusive “peerdoar” a si e aos demais, e novamente constatando qaue não precisa de mais nada além do privilégio de continuar existindo.
Que venha com tudo, 2012!
sábado, 31 de dezembro de 2011
Extremos...
Sou tão viciada em conversar comigo mesma que me habituei a escrever o que penso apenas para ter assunto por todo o tempo. Comigo mesma, é claro. Se não esqueço por que escrevi, relembro e, então, posso rever sentimentos e conceitos, às vezes expressando verbalmente minhas alegrias, tristezas ou raivas por tê-los habitando o meu ser.
Esta foi a forma que encontrei para não enlouquecer em meio ao turbilhão de emoções que sozinha, sem eu mesma, não só me sufocava, tirando o brilho de meus instantes presentes, como intui que me destruiria.
Bem... Na melhor das hipóteses me transformaria em alguém, digamos, frívolo emocionalmente, passando pela vida sem senti-la com tanta intensidade e buscando por todo o tempo, compensações, tipo recompensas pelos danos suportados.
Deduzi e confesso, até experimentei a solidão existencial, passando a me sentir lesada e, o que é pior, fora de qualquer contexto, fosse ele qual fosse, sem ter verdadeiramente maiores integrações comigo, que afinal, sou eu mesma.
Será que estou me fazendo entender?
O que digo é que percebi, logo bem cedo, em minhas experiências cotidianas, que as pessoas à minha volta faziam coisas, aliás, muitas coisas, sem que necessariamente estivessem compartilhando consigo mesmas.
Percebi também que lhes pareciam muito difícil ficar sem ter o que fazer, o que na minha cabecinha de criança, transformava-se em um carrossel colorido que não parava de girar por todo o tempo, corroendo a tinta que o fazia atrativo e danificando as ferragens pela falta de manutenção.
Naquela época, que já vai lá bem longe, esta agitação que enxerguei nas pessoas, fosse na escola, na praia, em família ou em qualquer outro lugar, causava-me uma espécie de ansiedade que foi crescendo e se transformando em uma espécie de medo. Afinal, eu não queria ser como aquelas pessoas que não tinham tempo para fazer, por exemplo, o que eu mais gostava, que era, tão somente, ficar quieta, olhando o aparente vazio que existe em qualquer lugar, até mesmo em um quarto fechado.
Digo aparente, porque este é o “óbvio inexistente” que as pessoas insistem em crer, pois não conseguem qualquer ligação, por mais simples que seja, com o universo movimentado de suas próprias emoções e que se devidamente observado se transforma, dando-nos a dimensão de suas reais proporções, na maioria das vezes totalmente antagônicas às realidades vivenciadas.
Exagerando para mais ou para menos, exatamente porque não estamos preparados para reconhecer de pronto o que nos convém ou não, passando imediatamente para o estágio seguinte de aceitação ou negação, sem que tenha havido respeito pela nossa própria essência, senhora que é do comando selecionador de nossas necessidades.
E aí, escrevendo, penso que vez por outra no decorrer de um só dia, milhares de infinitos instantes são destruídos ou construídos com uma moldagem que nos é falsa e oca, deixando-nos soltos em nossos interiores, batendo de um lado para o outro, como se fossemos barcos à deriva de um mar que na realidade, se bem observado, poderia nos proporcionar um navegar rico não só de harmonia, mas de enormes e gratificantes emoções, até porque, que na exatidão da analogia é viver, devemos dela reter tão somente o que nos proporciona qualquer tipo de gozo, dispensando sem culpas tudo quanto nos remeta a pensar que não está valendo à pena. Entretanto, na medida em que fui crescendo, percebi amedrontada que as pessoas com as quais eu me relacionava, sequer admitiam relacionamentos mais profundos com elas mesmas em posturas emocionais suicidas, permitindo que o acaso ou excesso de previsão futurista, que para mim mais pareciam grades, pautassem seus caminhares, limitando-as de forma cruel, pois o melhor e o pior de si mesmas, passava por elas sem que sequer se apercebessem, e aí... bem, esses sentimentos autênticos faziam nelas apenas pousadas, jamais um lar.
É isso aí! Busquei e encontrei este lar acolhedor que posso ser para mim mesma. Senhora geradora das emoções que me convém, pelo menos na maior parte do meu existir, sem qualquer preocupação em parecer o que não sou, oferecer o que não tenho e muito menos receber o que não me é afim.
Fácil?
Qual nada, o sistema é viciante, é um carrasco mutilador. É preciso vigilância que exerço com o velho hábito de conversar livremente, sem receios e não me toques. Com essas emoções ariscas, que todos temos dentro de nós para facilitar este projeto de intercâmbio cognitivo, indico que se dêem nomes diversos aos seus sentimentos, vestimenta e até origem, pois dessa forma enriquece-se o cenário, dando-se mais colorido ao espaço vazio da solidão interior que, afinal, é o inferno que eu e você tememos tanto, que até nele nos lançamos como loucos, como se a cada instante em que nada precisássemos fazer, tivéssemos que fazer, por medo de estarmos apenas com nós mesmos.
Esta foi a forma que encontrei para não enlouquecer em meio ao turbilhão de emoções que sozinha, sem eu mesma, não só me sufocava, tirando o brilho de meus instantes presentes, como intui que me destruiria.
Bem... Na melhor das hipóteses me transformaria em alguém, digamos, frívolo emocionalmente, passando pela vida sem senti-la com tanta intensidade e buscando por todo o tempo, compensações, tipo recompensas pelos danos suportados.
Deduzi e confesso, até experimentei a solidão existencial, passando a me sentir lesada e, o que é pior, fora de qualquer contexto, fosse ele qual fosse, sem ter verdadeiramente maiores integrações comigo, que afinal, sou eu mesma.
Será que estou me fazendo entender?
O que digo é que percebi, logo bem cedo, em minhas experiências cotidianas, que as pessoas à minha volta faziam coisas, aliás, muitas coisas, sem que necessariamente estivessem compartilhando consigo mesmas.
Percebi também que lhes pareciam muito difícil ficar sem ter o que fazer, o que na minha cabecinha de criança, transformava-se em um carrossel colorido que não parava de girar por todo o tempo, corroendo a tinta que o fazia atrativo e danificando as ferragens pela falta de manutenção.
Naquela época, que já vai lá bem longe, esta agitação que enxerguei nas pessoas, fosse na escola, na praia, em família ou em qualquer outro lugar, causava-me uma espécie de ansiedade que foi crescendo e se transformando em uma espécie de medo. Afinal, eu não queria ser como aquelas pessoas que não tinham tempo para fazer, por exemplo, o que eu mais gostava, que era, tão somente, ficar quieta, olhando o aparente vazio que existe em qualquer lugar, até mesmo em um quarto fechado.
Digo aparente, porque este é o “óbvio inexistente” que as pessoas insistem em crer, pois não conseguem qualquer ligação, por mais simples que seja, com o universo movimentado de suas próprias emoções e que se devidamente observado se transforma, dando-nos a dimensão de suas reais proporções, na maioria das vezes totalmente antagônicas às realidades vivenciadas.
Exagerando para mais ou para menos, exatamente porque não estamos preparados para reconhecer de pronto o que nos convém ou não, passando imediatamente para o estágio seguinte de aceitação ou negação, sem que tenha havido respeito pela nossa própria essência, senhora que é do comando selecionador de nossas necessidades.
E aí, escrevendo, penso que vez por outra no decorrer de um só dia, milhares de infinitos instantes são destruídos ou construídos com uma moldagem que nos é falsa e oca, deixando-nos soltos em nossos interiores, batendo de um lado para o outro, como se fossemos barcos à deriva de um mar que na realidade, se bem observado, poderia nos proporcionar um navegar rico não só de harmonia, mas de enormes e gratificantes emoções, até porque, que na exatidão da analogia é viver, devemos dela reter tão somente o que nos proporciona qualquer tipo de gozo, dispensando sem culpas tudo quanto nos remeta a pensar que não está valendo à pena. Entretanto, na medida em que fui crescendo, percebi amedrontada que as pessoas com as quais eu me relacionava, sequer admitiam relacionamentos mais profundos com elas mesmas em posturas emocionais suicidas, permitindo que o acaso ou excesso de previsão futurista, que para mim mais pareciam grades, pautassem seus caminhares, limitando-as de forma cruel, pois o melhor e o pior de si mesmas, passava por elas sem que sequer se apercebessem, e aí... bem, esses sentimentos autênticos faziam nelas apenas pousadas, jamais um lar.
É isso aí! Busquei e encontrei este lar acolhedor que posso ser para mim mesma. Senhora geradora das emoções que me convém, pelo menos na maior parte do meu existir, sem qualquer preocupação em parecer o que não sou, oferecer o que não tenho e muito menos receber o que não me é afim.
Fácil?
Qual nada, o sistema é viciante, é um carrasco mutilador. É preciso vigilância que exerço com o velho hábito de conversar livremente, sem receios e não me toques. Com essas emoções ariscas, que todos temos dentro de nós para facilitar este projeto de intercâmbio cognitivo, indico que se dêem nomes diversos aos seus sentimentos, vestimenta e até origem, pois dessa forma enriquece-se o cenário, dando-se mais colorido ao espaço vazio da solidão interior que, afinal, é o inferno que eu e você tememos tanto, que até nele nos lançamos como loucos, como se a cada instante em que nada precisássemos fazer, tivéssemos que fazer, por medo de estarmos apenas com nós mesmos.
Meditações
Nesses meandros emocionais em que o racional é permanentemente lançado às trevas da incerteza, permaneço confusa, perdida, e com a sensação contínua de estar sem o chão seguro no qual preciso manter-me de pé.
Remeter-me-ia, se soubesse, às profundezas do mar azul de meu inconsciente, na expectativa de encontrar subsídios conciliadores entre as emoções desejadas e as conseguidas, talvez, então, em um balanço racional, pudesse extrair uma única verdade, um único caminho, onde todo o meu ser, então, se harmonizaria, através do encontro e conseqüente descanso tão necessário com a bendita paz.
Estado conciliador que se expressa nos poros, nos olhares e nas vibrações que contagiam, desarmam, aproximando ou distanciando as energias que plainam ao meu redor.
Se eu pudesse, se eu soubesse qual o caminho a seguir, perseguiria frenética os recôncavos de meu interior na busca teimosa dessa paz, até agora, tão somente utópica?
Talvez, não sei, afinal por todo o tempo coloquei a paz como algo a ser lido, ouvido, como faz exatamente todo mundo, sem, no entanto, verdadeiramente pensar a respeito de sua real existência, assim como tantas outras retóricas com as quais se convive no cotidiano distorcido de nossas vidas.
Perdi-me, como a maioria, nas conjecturas e falsas palavras, fazendo delas espadas pontiagudas e afiadas a ceifar instantes insubstituíveis e benditamente sagrados de vida plena. Permiti que o medo, a insegurança, as frustrações, os falsos conceitos, as falsas adesões ao emocional, desarticulassem toda uma conexão que, a princípio, sempre é perfeita, abusivamente exata, chegando a tal ponto de perfeição que se vê exposta à incredulidade de nós, míseros mortais, incapazes de reconhecermos como obra prima da universalidade.
Somos incapazes de mergulhar em nossas profundezas na busca do conhecimento de nós mesmos, onde certamente encontraríamos todas as respostas, todos os amparos, todas as margens que certamente guiam o caminho, sem que exista qualquer possibilidade de haver trilhas alternativas, cujos desvios são exatamente o distanciamento entre nós e a essência de nós mesmos.
Passei os últimos dias tentando recuperar o que jamais saiu de minha capacidade observatória, mas que por teimosia, medo e por tudo o mais capaz de ser produzido pelas distorções, ficaram como perdidas ou jamais assimiladas. Nada disso, e bem o sei, que tudo se encontra no mesmíssimo lugar, reservado tão somente a todo aquele que ao perceber que precisa buscar para encontrar, não se aliena e não se acovarda, seguindo em frente, saltando obstáculos, reconhecendo em cada dificuldade um,a bendita oportunidade em encontrar seus pares de vida e liberdade, luzes benditas que fazem de mim e de você seres completos, ricos e amorosamente abastecidos por este universo grandioso e sem fim.
Penso, então, que prefiro os pássaros, os cães e as amoras.
Prefiro o céu, a chuva e o sol ardente.
Prefiro o mar, os peixes e a primavera.
Prefiro gente, a vida e a eternidade.
Remeter-me-ia, se soubesse, às profundezas do mar azul de meu inconsciente, na expectativa de encontrar subsídios conciliadores entre as emoções desejadas e as conseguidas, talvez, então, em um balanço racional, pudesse extrair uma única verdade, um único caminho, onde todo o meu ser, então, se harmonizaria, através do encontro e conseqüente descanso tão necessário com a bendita paz.
Estado conciliador que se expressa nos poros, nos olhares e nas vibrações que contagiam, desarmam, aproximando ou distanciando as energias que plainam ao meu redor.
Se eu pudesse, se eu soubesse qual o caminho a seguir, perseguiria frenética os recôncavos de meu interior na busca teimosa dessa paz, até agora, tão somente utópica?
Talvez, não sei, afinal por todo o tempo coloquei a paz como algo a ser lido, ouvido, como faz exatamente todo mundo, sem, no entanto, verdadeiramente pensar a respeito de sua real existência, assim como tantas outras retóricas com as quais se convive no cotidiano distorcido de nossas vidas.
Perdi-me, como a maioria, nas conjecturas e falsas palavras, fazendo delas espadas pontiagudas e afiadas a ceifar instantes insubstituíveis e benditamente sagrados de vida plena. Permiti que o medo, a insegurança, as frustrações, os falsos conceitos, as falsas adesões ao emocional, desarticulassem toda uma conexão que, a princípio, sempre é perfeita, abusivamente exata, chegando a tal ponto de perfeição que se vê exposta à incredulidade de nós, míseros mortais, incapazes de reconhecermos como obra prima da universalidade.
Somos incapazes de mergulhar em nossas profundezas na busca do conhecimento de nós mesmos, onde certamente encontraríamos todas as respostas, todos os amparos, todas as margens que certamente guiam o caminho, sem que exista qualquer possibilidade de haver trilhas alternativas, cujos desvios são exatamente o distanciamento entre nós e a essência de nós mesmos.
Passei os últimos dias tentando recuperar o que jamais saiu de minha capacidade observatória, mas que por teimosia, medo e por tudo o mais capaz de ser produzido pelas distorções, ficaram como perdidas ou jamais assimiladas. Nada disso, e bem o sei, que tudo se encontra no mesmíssimo lugar, reservado tão somente a todo aquele que ao perceber que precisa buscar para encontrar, não se aliena e não se acovarda, seguindo em frente, saltando obstáculos, reconhecendo em cada dificuldade um,a bendita oportunidade em encontrar seus pares de vida e liberdade, luzes benditas que fazem de mim e de você seres completos, ricos e amorosamente abastecidos por este universo grandioso e sem fim.
Penso, então, que prefiro os pássaros, os cães e as amoras.
Prefiro o céu, a chuva e o sol ardente.
Prefiro o mar, os peixes e a primavera.
Prefiro gente, a vida e a eternidade.
domingo, 25 de dezembro de 2011
PREMISSAS BÁSICAS...
Através dessa sensibilidade perceptiva, a criatura promoverá um intercâmbio no qual as unidades se adequarão à formação de conjunto, abraçando interesses nos quais poderão, em graus diferenciados, desenvolver a fração intelectual, assim como a construção lenta e gradativa do desenvolvimento de um corporativismo saudável e altamente produtivo.
O sentido da pedagogia aplicativa dos tempos atuais, onde o clímax constante é a instantaneidade, exige uma dinâmica participativa onde o conjunto de unidades diferenciadas se concentrem em pontos, estimulando o senso comum, assim como corroborando para o despertamento da permanência em grupos, realçando a importância dessa interação que, afinal, é inerente à criatura humana, que ao longo de sua história mostrou-se por todo o tempo ser um ser curioso e criativo e, acima de tudo, um animal que privilegia a sua permanência em grupo.
O professor deverá, portanto, possuir como primeiro predicado profissional o senso de responsabilidade agregativa.
É claro que haverá os céticos que colocarão a prática educativa como mais uma ação guiada, acima de tudo, pelo conhecimento técnico, e talvez essa visão pragmática represente exatamente as causas pelas quais os relacionamentos professor x aluno, e ambos x escola tenham perdido o senso equilibratório, absolutamente necessário a quaisquer outros relacionamentos que as pessoas precisem manter ao longo de suas existências.
Argumento, portanto, ser enganoso pensar que os efeitos da convivência escola x sala de aula x professor x colegas se restrinjam ao período de permanência na unidade a que se destina, da mesma forma em relação ao tudo o mais, pois nada se limita e tudo se completa, ficando, portanto, a formação de convívio social como base e pilar não só do delinear identificável de cada criatura humana, como determinante quanto à qualidade adaptativa enquanto unidade participativa de um grupo em especial ou de grupos generalizados de simples intercâmbio de convivência sistêmica.
--
COPIANDO PLATÃO
Em todos os dezembros, fecho o ano de séries de crônicas sociais, onde durante meses tive a bendita oportunidade de poder expressar meus pensamentos e entendimentos falando de compreensão, respeito, ética, cidadania, fraternidade e de tudo o mais que a meu ver não deveria faltar nos relacionamentos humanos.
Aliás, penso neste instante que o grande mérito do jornalista é justamente estar atento para não desanimar frente à sua fundamental realidade em ser repetitivo, uma vez que tenho a convicção de que não pode e não deve desistir em descrever fatos, informar ou, como todo cronista, fazer o que faço, focar a vida realçando o cotidiano em suas grandezas e mazelas, sempre aparentemente muito iguais.
Neste ano de 2011, mais uma vez deitei meus olhares de interesse e participação na área da educação, tentando mais uma vez compreender o porquê tanto abandono quando tanto poderia se realizar.
Como sou abusada, dei palpites, desenvolvi alternativas e até delineei uma “escola ideal”, tal qual Platão em sua “polis”, afinal esta é minha forma de expressar liberdade, lamentavelmente sem os royalties para bancar, porque se o recebesse, mesmo que fosse à proporção de 30% do que as cidades atualmente recebem por esse Brasil afora, com certeza eu e todos os idealistas de plantão, certamente faríamos “milagres”, não só na educação, como na saúde, no saneamento básico e nesta persistente miséria possível de ser encontrada nos guetos de qualquer cidade, até mesmo aqui entre nós, nesses paraísos terrenos que são Itaparica e Vera Cruz.
Quando escrevo dou pausa e fecho os olhos para enxergar “aquela” merenda de qualidade, aquele professor bem pago conforme o grau de sua competência, empenho e comprometimento, e até consigo dimensionar um amparo mais honesto e justo a todo ser humano que sorri, chora, ama e que deveria sentir-se existindo com dignidade, neste mundo onde “Deus” é tão venerado e “Jesus” tão plotado em carros, muros e panfletos. Entretanto, escrevendo ou não sou obrigada a estar com os olhos abertos enxergando sempre uma cruel realidade, que eu e você teimamos em denunciar com os nossos modos peculiares, na esperança de sermos ouvidos, entendidos, ou,no mínimo, que consigamos mesmo muito lentamente ir despertando consciências.
Como meu “Deus” é a vida e o meu Jesus é cada ser humano, ou não, com os quais eu me relaciono, nem que seja através da interatividade vibracional, faço então, de meus escritos uma contínua oração, de minha caneta tão somente um veículo a transmitir minhas amorosas intenções.
Neste instante presente, agradeço tudo o que recebi de bom, principalmente o carinho e o respeito oferecidos a mim na leitura de meus escritos e espero ter podido de alguma forma, ter contribuído com os meus sonhos e ideais nos recôncavos solitários de cada consciência daqueles que porventura tenham lido minha coluna a cada mês.
Se apenas um deles, nem que tenha apagado de suas vidas o egoísmo, a prepotência, a arrogância e o preconceito, ah!.... Bendito Deus! Eu terei cumprido os meus propósitos de ser apenas uma cronista social, escrevinhadora do universo.
Que este final de ano seja, antes de tudo, repleto de luz na vida de todos nós.
--
Assinar:
Postagens (Atom)
MUITAS EMOÇÕES
Há quem imagine que levo uma vida solitária em meu reduto tranquilo de paz entre pássaros e borboletas, mas sequer imaginam a profusão das i...
-
Em respeito aos milhares de seguidores de minha página e especificamente das lives que posto no facebook, desde 19 de agosto de 2020, se...