Nossa o dia amanheceu e eu, sequer abri a janela, tão entretida que eu estava na escolha de uma música que fosse adequada para o início de uma semana e nesta busca, deparei-me com “especialistas” de todas as ordens, falando sobre felicidade, problemas existenciais e outras questões que de uma forma ou de outra, atinge os seres humano.
Cada qual, apresenta uma sigla que define numa única carimbada os comportamentos que possamos apresentar neste cotidiano difícil de ser vivenciado e aí, como pessoalmente, sempre gostei de observar os comportamentos humanos, a partir dos meus, chego à conclusão que esta fartura de patologias, tem tirado das pessoas, qualquer esforço pessoal de superação pessoal das infinitas questões que o simples fato de estar vivendo é capaz de acarretar.
Estabeleceu-se a “preguiça da superação”, assim, como a obrigatoriedade em demonstrar um bem estar contínuo, mesmo que embasado em comprimidos e terapias, como se aos poucos toda a potencialidade humana em superar seus medos, frustrações e culpas, fosse condicionada em cápsulas e divãs.
As dores do mundo, sempre existiram serpenteando mentes e emoções, afinal, quem disse e garantiu que vivenciar seria uma tarefa fácil?
Tá certo que não precisaria ser tão complicada, difícil e em alguns casos desesperadora, mas na realidade, o que cada um fez ou faz para que haja qualquer alteração, pelo menos no seu universo pessoal?
Quem de verdade sempre teve uma família, uma infância, uma juventude, um trabalho, um amor, ou seja, lá, o que for perfeito?
Viver é ir aprendendo, geralmente com muitos esforços, a superar, conquistar e manter tudo quanto, se acredita ser o ideal...
Regina Carvalho- 12.8.2024 Itaparica
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