quinta-feira, 12 de setembro de 2024

REFLETINDO

Penso então na compaixão, no perdão e na generosidade que se precisa ter para com o grosseiro, o rude e o macabramente insensato, com todo aquele que se alimenta do próprio fel e que sobrevive como uma cobra peçonhenta, rastejando e serpenteando os feitos, a glória e os frutos alheios.

Louvada a vida que se renova a cada instante, lavando a mágoa ou a dor de quem foi atingido, fazendo nascer a cada instante a resistência bendita a estes débeis vampiros traiçoeiros que não enxergam luz e muito menos  beleza, e que apenas vagueiam sem rumo e sem prumo, mendigando  atenção com suas vampirescas presenças.

Volto a pensar nos cajus e nas mangas, generosas obras divinas da natureza que brotam no meu e no seu quintal, espalhando insistentes seus aromas a cada ano, tão somente para nos lembrar de que a vida é bonita, é bonita e é bonita.

Regina Carvalho- 12.9.2024  Itaparica



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