Acordei novamente tarde para os meus padrões matinais e este detalhe que seria bom, já que hoje é sábado, pra mim é um transtorno, pois, altera a minha rotina, fazendo de mim uma barata tonta, já que meu fluxo de atividades está alterado, menos é claro, a minha mente que para complicar ainda mais, parece um rio caudaloso, ameaçando transbordar.
Priorizo um de seus afluentes que desde ontem, insiste em desaguar nesta profusão de águas cristalinas e que se denomina caráter que todos nós seres humanos o tem, cujos conceitos apesar de serem iguais, quanto a formação, logo em seguida se molda, de acordo com as inerentes genéticas, hereditariedade e inserções sistêmicas, evidenciando-se nas posturas físicas e mentais.
Por ser sábado e sabedora de que evidentemente, ninguém há de querer enveredar-se pelos caminhos analíticos das formações e deturpações de caráteres, esforço-me para ser sucinta, crendo que identificar um caráter adequado ou não a uma convivência harmoniosa, pode ser observado através de pequenas atitudes no cotidiano, assim, como através das reações subsequentes as suas próprias ações, ou seja:
Nenhuma pessoa de caráter (dito) ilibado, está imune aos erros e enganos, a diferença é que logo em seguida, reconhece a sua inadequação e busca corrigi-la da melhor e mais transparente forma possível, pra si e para os demais, pois, reconhece-se parte de um todo.
O continuísmo de posturas danosas nos convívios de um modo geral, exemplificam o que chamamos de mal caratismo, provocando nos ambientes em que é exercido, um mal estar que geralmente, a depender de quem o possui e a exerce com aparente naturalidade, faz desabrochar nos demais, uma aceitação falsa, que assegura os interesses individuais imediatistas, que justificam a aceitação e camuflam o entendimento sobre o bom e o mal, o certo e o errado e assim, soterram o moral e a ética, predicados absolutamente necessários para uma legitima e progressiva evolução, seja lá do que for, fomentando ao mesmo tempo, um medo irracional que aos poucos, vai se transformando em normalidade, agigantando-se pouco a pouco, formando novas visões e práticas, como se boas e legítimas fossem.
O consolo a esta pratica psicopática social é que como o tudo mais, está sujeito a mais autêntica e natural evolução, caso contrário, ainda estaríamos sob o comando de caráteres doentios como os que a história humana, tão bem exemplifica.
Deduzo então, que tudo é uma questão de tempo, onde os movimentos psíquicos e sociais humanos se movimentam e que tudo é tão somente uma questão de ajuste aos novos e surpreendentes aspectos evolucionistas da própria natureza humana em seus ciclos criativos e adaptativos.
Portanto, consolo-me porque, tudo passa, tudo sempre passará...
Regina Carvalho- 19.10.2024 Itaparica
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