INFINITAS BELEZAS...
Acordei ao som de alguns bem-te-vis madrugadores, pensando no quanto a vida me foi se não generosa, impedindo-me de passar “apuros”, certamente, por todo o tempo, foi gentil, oferecendo-me amparo, através de situações incrivelmente inusitadas à grande maioria dos mortais em se tratando de oportunidades e incríveis e raras criaturas, afim de me ajudarem não só a superar cada obstáculo, como para me oferecerem o melhor se si mesmos, afim de que, eu não perdesse a fé, principalmente na humanidade.
Lembro de cada uma delas, crendo sinceramente que foi a universalidade, devolvendo-me todo o amor que sempre dediquei a vida, mesmo quando, por inexperiência, bobice, vaidade e total estupidez, errava feio.
Quando delas lembro no silêncio de meu paraíso ao som de meus pássaros, impossível não me emocionar e imediatamente, associa-las aos anjos benditos, enviados unicamente, para me resguardarem dos perigos maiores, assim como, aliviarem a culpa pelo desperdício de tempo.
Culpa que eu ainda não consegui eliminar totalmente, mesmo sabedora que os erros e enganos, foram experiências evolutivas, pelas quais, eu precisaria vivenciar, afim de aplacar minha natureza afoita, curiosa e esfuziante, afim de que com a texturização das mesmas, eu pudesse nelas mergulhar e poder com mais subsídios palpáveis, compreender o porquê, de tantos desvios que não apenas eu, mas o ser humano se permite, mesmo quando, se acha, a última bolacha do pacote, permitindo-se então, julgar e condenar o outro.
Os bem-te-vis abaixaram o tom e então, ligo o som e ouço Noturno de Chopin, meu poderoso auxiliar mental, colaborando para que eu, desvenda a razão primeira das minha próprias emoções, dando-as ou não sentido, assim, como garantindo-me o entendimento quanto, cada reação que minhas ações, provocaram e ainda provocam nos demais ao meu redor, tornando-me portanto, ciente de que sempre fui e sou a única responsável, justo, pela não sabedoria e sensibilidade para compreender a extensão dos efeitos de tamanhas ousadias no outro, afinal, até o amor, mesmo quando incondicional, pode ser arma mortal para todo aquele que nele não acredita.
Bem, mudando de pau pra cacete, neste instante, gostaria de estar na Áustria, caminhando pelas alamedas históricas dos castelos dos filmes de “Sissi a Imperatriz” como o fiz milhares de vezes em minha adolescência, tendo ao meu lado, meu lindo príncipe de olhos azuis, Jefferson( meu primeiro amor) fascinado de amor por mim ou até mesmo, no alto de uma colina, numa casinha branca com flores na janela à beira do mar do mediterrâneo na Grécia, apreciando a vida em todo o seu esplendor, tal qual, o fiz por toda a minha vida, bastando olhar para o horizonte, fazendo dele espelho das infinitas belezas que fui registrando ou criando, nesta minha caminhada de vida e liberdade.
Se for pra sonhar, imaginemo-nos sempre no melhor e mais bonito...
De repente, você, assim como eu, se vê numa real Itaparica, linda e apaixonante e sem medo de ser feliz...
Regina Carvalho- 24.10.2024 Itaparica
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