sábado, 5 de outubro de 2024

“SUPERFATURA, MAS FAZ”

Estou aqui quietinha com meus passarinhos neste amanhecer de sábado, véspera das eleições Municipais, pensando que, afinal, que ainda sou capaz de me chocar com a grosseria da indiferença e pouco caso público, tanto quanto, me choco com as reações que dela advém, pois são frutos da incapacidade nossa em respirar fundo e simplesmente encarar o agressor, o insensível como ele realmente é; um psicopata social, uma criatura que não se transformou ainda em um ser humano, pois quando isto acontece, tornamo-nos mais sensíveis às necessidades alheias e, certamente, ao tudo mais que nos cerca.


Penso também que medir a beleza e o desenvolvimento de um local, vai infinitamente além do uso da régua e do compasso adornados a guache que rapidamente desbota em ruas e pracinhas, até porquê, o tempo, este critério no qual, todos nós estamos submetidos, costuma ser implacável nas marcas que vai imprimindo no flagelo que é imprimido ao longo das trajetórias na vida de cada cidadão, acelerado pelas almas pobres de alguns, que inconsequentes, insistem em alimentá-la com a arrogância, fruto maduro da ignorância.

Volto a pensar que a cidade de Itaparica e seus habitantes, merecem uma convivência mais respeitosa, amiga e com critérios avaliativos mais ampliados, afinal, o jargão “Superfatura, mas Faz” argumento chulo que certamente, não faz mais sentido em meio às infinitas violências e a ainda fome que assolam a nossa cidade. Digamos não ao continuísmo da falta de nobreza, equilíbrio administrativo e justiça social, assim, como não a falta de respeito e seriedade no trato com o erário público, estímulo regados a ostentação, vaidade e preconceitos horrorosos, que danificam o seu todo de “Pequeno Paraiso Tropical.”

Regina Carvalho- 5.10.2024 Itaparica

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