Estou aqui quietinha com meus passarinhos neste amanhecer de sábado, véspera das eleições Municipais, pensando que, afinal, que ainda sou capaz de me chocar com a grosseria da indiferença e pouco caso público, tanto quanto, me choco com as reações que dela advém, pois são frutos da incapacidade nossa em respirar fundo e simplesmente encarar o agressor, o insensível como ele realmente é; um psicopata social, uma criatura que não se transformou ainda em um ser humano, pois quando isto acontece, tornamo-nos mais sensíveis às necessidades alheias e, certamente, ao tudo mais que nos cerca.
Penso também que medir a beleza e o desenvolvimento de um local, vai infinitamente além do uso da régua e do compasso adornados a guache que rapidamente desbota em ruas e pracinhas, até porquê, o tempo, este critério no qual, todos nós estamos submetidos, costuma ser implacável nas marcas que vai imprimindo no flagelo que é imprimido ao longo das trajetórias na vida de cada cidadão, acelerado pelas almas pobres de alguns, que inconsequentes, insistem em alimentá-la com a arrogância, fruto maduro da ignorância.
Volto a pensar que a cidade de Itaparica e seus habitantes, merecem uma convivência mais respeitosa, amiga e com critérios avaliativos mais ampliados, afinal, o jargão “Superfatura, mas Faz” argumento chulo que certamente, não faz mais sentido em meio às infinitas violências e a ainda fome que assolam a nossa cidade. Digamos não ao continuísmo da falta de nobreza, equilíbrio administrativo e justiça social, assim, como não a falta de respeito e seriedade no trato com o erário público, estímulo regados a ostentação, vaidade e preconceitos horrorosos, que danificam o seu todo de “Pequeno Paraiso Tropical.”
Regina Carvalho- 5.10.2024 Itaparica
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