terça-feira, 12 de novembro de 2024

PENSO

...que já existem infinitas pessoas discursando, escrevendo e poetando dentro dos limites do politicamente correto que, afinal, não promovem outras emoções, além das que despertam as comoções isoladas e pontuais realidades, geralmente, dissociadas de uma empatia pessoal e íntima, como se cada um que lê ou ouve, não estivesse associado e propenso às mesmas experiências, sejam emocionais, psíquicas ou nas práticas cotidianas.

Daí, o absurdo volume das “surpresas”, quando, as cenas das realidades até, então, alheias, nos rondam bem próximas ou o que é impactante, se instalam em nossas acomodadas vivências.


Penso então, que não por acaso, essa pratica se popularizou, afinal, quem de verdade deseja ir fundo nas temáticas que são fundamentais e determinantes nas relações da convivência humana e com o planeta, assim, como relacionar-se a todas as mazelas que aos olhos vistos, destroem a vida, mantendo-as em distâncias suportáveis a uma sempre ignorância indutiva, levando a pessoa a crer que com ela, será sempre diferente, já que sobreviver, já é um fardo pesadíssimo, independentemente da posição que se encontre na pirâmide social.

Os jargões mentais de proteção são; “Nada posso mudar” e “Não sou responsável”, portanto, anula-se qualquer ligação de racionalidade lógica, quanto, o que se faz, com qualquer realidade sistêmica, seja lá, qual for, criação da profícua consciência coletiva do não engajamento em tudo, quanto, possa remeter ao íntimo  consciente individual, qualquer peso de responsabilidade que possa pesa-la ainda mais, num esquecimento também coletivo de um subconsciente registrador ininterrupto que, quando, superlota sua capacidade de armazenamento, transborda, inundando o todo da criatura humana, transtornando-a, através de ações e reações inconsequentes ou de somatizações físicas que senão, devidamente tratadas e a maioria não é, transformam-se em patologias que flagelam, muitas vezes, determinando a abreviação da vida.

Tudo muito complexo e intransponível, quando, não se é educado para o reconhecimento do fato primário e a maioria não é, de que, cada ser vivo e racional, precisa reconhecer a sua fundamental importância, junto ao contexto do todo universal, a partir daquele em que se  encontra inserido.

Este é um daqueles textos chatos que escrevo que mais que contigo interagir, estimula a pensar em sua própria postura enquanto, unidade, neste todo, simplesmente fantástico.

Regina Carvalho- 12.11.2024 Itaparica

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