Acordei sem nada específico para me inspirar, então, segui os hábitos matinais, sem me preocupar, aliás, é assim que conduzo minhas escritas, afinal, se as tenho vivas e pulsantes, deixo-as escoar, mas quando, acontece de não fluírem, tudo bem...
E aí, talvez, por não forçar a barra, as vezes como agora, a luz do universo, acende uma fagulha nas brasas de minha mente e lentamente, as palavras vão surgindo e cada qual, ajudando na formatação de mais um texto., nem que eu leve o dia inteiro maturando-o.
Vez por outra, pausei e respirei fundo, como se quisesse aspirar subsídios que enriquecessem a narrativa descritiva de uma apenas escrevinhadora sem eira e nem beira, como dizem os portugueses, dos quais, descendo tanto por parte de pai, quanto de mãe.
Em um certo momento, percebo não se tratar de um texto articulado e sim, de algumas poucas linha, que caprichosa e atrevida, deito-me insistente por sobre o computador para escrever, teclando como se rasgasse as cortinas espessas do passado que foi ontem, mesmo sabendo que não tardará, já que o agora, a ele em breve se juntará, deixando-me sempre aquém de um futuro, aliás, sempre fugaz, talvez, para que eu não esqueça dos preciosos instantes que correm com o tempo, restando-me tão somente, aspirá-los com sofreguidão, pelo tanto que gosto de vivenciá-los...
Tola ilusão, sonhar com instantes, senão os de agora, já que sabedora sou da brevidade do tempo, assim, como da impossibilidade em se medir o próprio tempo...
Penso então, que diante das insuperáveis dificuldades, só me é possível, tornar-me amante do tempo, sorvendo-o apaixonadamente a cada tempo, que o tempo me destinar.
Regina Carvalho- 30.10.2024 Itaparica
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Expressão de safadinha, tentando driblar o tempo.
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