Nesta madrugada deliciosa, depois de um suave sono de seis horas, acordei pensando que verdadeiramente, sentir-se em paz, como o tudo mais, requer muita labuta e determinação para ser conquistada e usufruída e que cada detalhe conta e é fundamental, não só no percurso da conquista, quanto, em sua manutenção.
É preciso que não haja terceirização em nenhum dos momentos do processo, caso contrário, os dividendos de tamanha conquista pessoal, terão também de serem fracionados, criando-se um elo perigoso de cobranças, sempre capaz de tirar os mais profundos méritos pessoais das lutas empreendidas e isto, não pode acontecer, afinal, se nas perdas e frustrações, a criatura cognitivamente precisou induzir, mente e emoções a não desistência, por que, haveria de transferir a outros, sua superação íntima que é sempre infinitamente mais dolorosa se comparada ao tudo mais?
Esta premissa não é um estímulo à ingratidão e sim, um entendimento de que num processo vivencial , todos os envolvidos, estão intimamente buscando suas próprias conquistas, reconhecendo as afinidades que os unem a outros, portanto, apoiar-se em ideias e ideais de afinidades é sustentável a cada criatura envolvida, cada qual, oferecendo e colhendo perdas e ganhos, o que não desqualifica os esforços individuais empreendidos dos apoios recebidos, porém, se existiram e sempre existem, cada um deles, continha seus íntimos propósitos, o que sugere tão somente, a divisão dos benefícios conquistados, jamais os méritos pessoais que levaram a conquista.
Portanto, se tenho a consciência de que, realizei a minha parte com esmero, ganhando ou perdendo, meus lucros ou perdas íntimas, serão só meus e aí, uma paz especial nos torna absolutamente fortes e translúcidos, reforçando com leveza a consciência de um “tudo bem”, absolutamente real, impossível de não ser reconhecido, seja lá por quem for.
Essa premissa estende-se aos lutos de todas as naturezas.
Simples assim...
Regina Carvalho- 3.11.2024 Itaparica
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