segunda-feira, 17 de junho de 2024

CLAIR DE LUNE

O frio lá vai se dissipando com a chegada do sol e entre  a natureza e eu, há um pacto de fidelidade, onde não existem estranhamentos, apenas, amorosa aceitação, afinal, sou o que sou e ela, a minha constante recicladora, inspira-me como uma luz universal que não se apaga e muito menos se cansa em me proporcionar os seus elixires sensitivos, transformando silenciosamente o que sou, no melhor que devo ser e assim, seguimos resguardando o amor e o respeito que nos unem.

Enquanto, escrevo, ouço Debussy , vez por outra, interrompo a digitação para simplesmente, deixar os sons do piano levarem a suavidade de Clair de Lune, até, aos recôncavos desta terra surpreendente que é a minha arisca e persistente mente, mas que há muito, tem dispensado a pressa, podendo desta forma, usufruir de instantes sublimes, donde é possível deixar de ser a Regina para simplesmente, transformar-me num ínfimo fragmento da bendita paz. 

Um dia regado a paz é o que desejo a você que me lê.


Regina Carvalho- 17.06.2024 Itaparica

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