Depois, de uma noite de sorrisos, alegrias, fotos e vinhos a companhia de pessoas queridas e de ter passado um dia intenso, recebendo mensagens e telefonemas carinhosos, acordei nesta manhã de domingo, pensando no quanto, me é gratificante ter ao nosso lado, pessoas especiais que me prezam, portanto, abraça-los com gratidão foi a forma mais sincera de dizer obrigada, afinal, pode terem sido os últimos, afinal, podem ser os últimos de uma jornada existencial.
Penso que se nos ativéssemos na brevidade da vida, com certeza, seríamos e agiríamos com mais parcimônia, fraternidade e respeito com os demais, o que inclui a natureza que só existe para nos encantar e servir, assim como, nossas experiências vivenciais, cada qual, linha escrita, formaria uma página repleta de emoções, ações, reações, superações e sentimentos, construídos com cuidados e esmeros, um capítulo a mais desta viagem existencial, sem termino determinado, mas que em seu trajeto, pode ser espetacular.
Constato o quanto preciso a cada instante, agradecer aos seres invisíveis, mas poderosamente sentidos, que por toda a minha vida, até mesmo neste instante, representam margens contentoras e guias incansáveis dos fluxos variáveis de minha própria natureza que chamo de comando divino, incansáveis contentores desta mulher apaixonada e irreverente, que se viu ainda criança, como as águas de seu riacho de Guapimirim, contornando obstáculos, agregando vidas ao longo de seus caminhos, consciente que em algum momento, desaguaria no oceano da eternidade.
Penso então, que nada foi comum neste meu deslizar, começando pela profundidade e volume de minhas águas, precisando a cada instante, das intuições e mãos celestiais pra que eu, não ultrapassasse os limites de mim mesma, invadindo com a força dos meus quereres as benditas matas ciliares, ora fortes e apaixonantes, ora frágeis e ressequidas que margeavam cada qual, a seu modo, os rumos do meu caminho, sem esquecer dos sedutores desvios que insistiram inúmeras vezes, desejosos de provarem de minhas águas, no que confesso, algumas raras delas terem sido tentadoras, quase irresistíveis.
Viro mais uma página de minha narrativa, percebendo que o faço sem pressa, aproveitando esta sensação gostosa do tudo de bom que tenho vivido, acreditando que a vida e aí, não sei ainda por quanto tempo, me destina mais uma página em branco, aonde poderei continuar registrando a minha aventura de viver com liberdade e paixão...
Obrigada Itaparica em cujo rico e farto território, serpenteei as minhas águas.
Regina Carvalho- 20.7.2021 Itaparica
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EM TEMPO: Matas ciliares são áreas de vegetação nativa que acompanham as margens de rios, lagos e outros corpos d'água. Elas são essenciais para a proteção desses ecossistemas, atuando como uma barreira natural contra a erosão, o assoreamento e a poluição. Além disso, as matas ciliares desempenham um papel importante na manutenção da qualidade da água, na regulação do ciclo hidrológico e na conservação da biodiversidade.
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