sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Coerência Existencial

Tudo que não é assimilado não tem condições de ser entendido e, portanto, enquanto a criatura se mantém a margem de si mesma, repete e repete posturas sem sequer se dar conta, passando por toda uma existência dizendo-se sem sorte ou infeliz, nisto ou naquilo.

Ora! Se não há mudança de postura entende-se que é consequência a atração das mesmas características, seja lá, através do que for, portanto, viver harmoniosamente é mais que se admitir que se vive, é antes de tudo compreender que a sua vida é tão somente, uma fatia de um incomensurável bolo universal, compreendendo que tudo quanto, se origine desta fatia, interfere, adicionando ou subtraindo do bolo como m todo.


Em resumo, a criatura precisa reaprender a considerar o fato de estar viva, o seu bem maior a ser vivenciado em detrimento de qualquer ou apelo externo.

Sentir, portanto, a vida pulsando em si, deve ser o mais precioso motivo que intencione a criatura a desvencilhar-se de tudo quanto, não lhe é afim, não permitindo qualquer porta fechada para o cumprimento do sagrado ato constante de absorver do universo nutrientes saudáveis, assim como oferecer a ele os seus próprios nutrientes, que se bem cuidados, são ricos e incalculáveis na diversidade de seus benefícios.

A partir dessas intenções amorosas, a criatura passa a se sentir mais leve, livrando-se de pressões que nada lhe acrescentam neste círculo, até então, capenga, doentio, onde reside inevitavelmente a emoção do medo, vibração emocional geradora de inúmeras outras, não menos danosas.

Texto extraído do livro- Coerência Existencial, pg. 76/77- Regina Carvalho

*Dedico esta publicação a minha estimada amiga Angélica Maria Couto e ao amigo Sergio Parmera, lindas criaturas que há muito compreenderam a necessidade de buscarem com gratidão o prazer de estarem vivendo. Acomodarem-se, jamais...

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