Pois é... Acordei pensando sobre a palestra que assisti sobre Inteligência Artificial na Educação e na Oração de São Francisco de Assis, o que em princípio, ambos nada tem a ver, no entanto, para uma cabecinha esquisita como a minha, logo fiz conexões, afinal, ambas propõem mudanças de hábitos.
Encantei-me, enquanto, ouvia a mestra explicando, não sem deixar parte do meu cérebro livre para ir fazendo avaliações, sobre o meu ponto de vista de humanista.
No final, reconhecendo o quanto sou ignorante em relação aos engajamentos progressistas, também reconheço que esta velha ferramenta que o tempo vem aperfeiçoando e que de uns tempos para cá, tem se popularizado, mais parecendo uma febre epidêmica, com certeza, desperta e atrai, até mesmo, uma senhora como eu, podendo ser irresistível para os mais jovens e é, justamente neles, que foco minhas dúvidas e redobrada atenção.
Afinal, tudo se mostra ingênuo, moderno e altamente pratico, como o tudo mais que venho acompanhando no exercício da vivência, acrescido do pouco conhecimento que adquiri em relação a evolução da Humanidade, no entanto, não posso desconsiderar o fato de que a cada década, a humanidade em busca de aprimoramento nisto ou naquilo, tem se desumanizado, criando ambientes e consequentemente pessoas desequilibradas, sem qualquer entendimento real de si, do outro e do tudo mais.
As pessoas se desprendem cada vez mais rápido dos vínculos agregativos emocionais, sem qualquer entendimento mais profundo do que seja uma saudável convivência participativa e os resultados, estão bem aí, para serem constatados.
E aí, inevitavelmente penso; será que a criança num breve futuro, encontrará como fonte de aprendizado de vida, as sensações provocadas pelas texturas, aromas e sabores ou se contentará com a tela do celular e a praticidade de não mais precisar pensar e sentir, afinal, todas as possibilidades de uma suposta perfeição, estarão na palma de suas mãos?
Nos dias atuais, já está raro de se encontrar empatia, inteligência natural, emoções e sentimentos que não sejam fabricados e descartáveis.
Pergunta que me faço, ciente de que nada poderei frear...
Regina Carvalho- 6.2.2025 Itaparica
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