sábado, 28 de fevereiro de 2015

FOLHAS ESPESSAS


Finalmente o dia voltou a nascer ensolarado, talvez ainda tímido, mas nem por isto menos brilhante.
Os pássaros, assim como eu, estão felizes e mais que nunca cantam e me encantam, levando-me a distingui-los pelos seus cantos, mas jamais pelos seus nomes.
Mas quem se importa como se chamam?
Bastou-me reconhece-los e admirá-los incansavelmente por toda a minha vida
Fecho os meus olhos e minha mente reproduz meu quartinho da Rua Barão da Torre, no Rio de Janeiro, e do galho da frondosa amendoeira que abusada adentrava em meu quarto através da janela, trazendo o bailado dos seus movimentos, o canto dos pássaros no verão e gotinhas de chuva no inverno, e produzindo em mim a mágica do enlevo, da encenação de meus sonhos de garota adolescente.
Nada mais importava que utilizar-me deste galho abastecido de vigorosas folhas matizadas de mil tons de verde e amarelo, nas quais eu conseguia, percorrendo os infindáveis caminhos da construção de adoráveis projetos, que de tão verdadeiros permaneceram vivos, alguns atuando também ao longo de minha vida.
Cinquenta anos? Não sei se posso ser tão precisa, afinal, olhando o passado, parece-me que sonhei por quase sempre.
E hoje, neste instante, olhando através da janela já não encontro a frondosa amendoeira, na sempre construção de meus sonhos, mas ainda tenho o jardim, galhos resistentes de outras árvores com folhas espessas que ainda servem de estrada segura por onde caminho na sempre construção de meus sonhos.
Porque, afinal, entre tantas mazelas, sonhar é preciso.
Haverá os que dirão que só penso em sonhos, passarinhos e verdes mares e que fujo do sistema, da rudeza, da realidade.
Talvez tenham razão, afinal, de que me valeria sofrer todas estas mazelas na construção dos meus dias, se a eles eu não empregasse o lúdico e o belo?
A beleza do nascer do sol
A ludicidade da esperança
A leveza de um passarinho

O desejo de um amanhã.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

CHOVE LÁ FORA


São cinco horas da manhã e os trovões trazem consigo uma grossa e caudalosa chuva, e ambas barulhentas ao ponto de assustarem os meus cachorrinhos que preferiram abrigar-se junto aos meus pés por sob a mesa.
Sempre que isto acontece, penso na minha infância tão rica e abastecida de parâmetros com os quais me vali a vida inteira justo para exercitar a mente nas avaliações de lógicas pessoais e um deles foi a correlação entre os trovões e Deus, pois afirmava minha singela mãe que quando trovejava e o céu se riscava de luzes incandescentes era porque Deus, irado, levantava o seu cajado e nos punia, causando medo e muitos estragos.
Pensava eu com os meus botões:
­- Se Deus era puro amor, como poderia sentir ira por sua própria e exclusiva criação?
Bem o tempo foi passando e já quase adolescente em um carnaval que a família, como sempre ocorria, decidiu ir para a casa de campo em Guapimirim (RJ), fomos surpreendidos com uma tempestade jamais vista por qualquer um de nós e eu, naturalmente curiosa e apaixonada por aquele lugar fascinante que abrigava o meu riacho particular, minhas piabas e minhas brisas, não poderia sob nenhum pretexto perder tão poderoso espetáculo, e por dois longos e impressionantes dias optei pela vasta varanda que passou a ser a galeria de minhas descobertas, abrigo de minhas indagações.
Deixei sem qualquer real consciência a mente fluir, traçando situações inusitadas, usando o barulho confuso e agitado das águas do riacho que arrastavam consigo tudo que ia encontrando pelo caminho e misturando seus sons com a poderosa chuva que malhava o gramado, arrancando tufos verdejantes, fazendo saltar a terra que se abrigava nela.
Foram dois dias de inusitadas sensações, mas que confesso que em muitos momentos me senti fascinada, fazendo brotar em mim sensações de arrepios e muito prazer, principalmente, quando arisca, chegava mais próxima das goteiras que escorriam como cascatas do telhado e podia sentir os respingos em minhas pernas que traziam com eles todo o frescor das chuvas de verão.
Creio que deixei de sentir qualquer temor por Deus no exato momento em que senti o primeiro arrepio de prazer que os respingos benditos tocaram em mim, e pensei tempos depois que os transformei em meus parceiros de muitos sorrisos e alegria, quando nas praias ou na volta da escola era surpreendida por uma rápida chuva, levando-me a instintivamente abrir os braços para recebe-la, jogando assim por terra a ideia enganosa de que a chuva nada mais era que a ira deste mesmo Deus que também minha mãe sempre dizia ser o criador da vida, a mesma vida que eu reconhecia em mim e que eu adorava.
Esta aparente simples conclusão foi conseguida após as chuvas, quando o céu brilhante se abriu em um sol esplendoroso, fazendo explodir do solo antes machucado, o florido de nossas vegetações, secando os telhados, perfumando a terra e fazendo brotar em minhas margens acolhedoras de minha infância e ingenuidade, as samambaias gigantes de meu despertar pra vida.
BOM DIA!!!!
Com um beijinho doce nos seus corações.


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

SEM SURPRESAS


De uns tempos para cá, venho usando a palavra surpresa nos meus comentários e escritos de um modo geral, mas na realidade este é apenas um vocábulo com o qual as pessoas gostam de se expressar  até mesmo por comodismo, afinal, ela define com precisão o espanto ao  encontrar o inusitado.
Nos últimos anos, o esperado por ser absolutamente adequado desenvolvimento intelectual de nossas crianças transformou-se em retórica de palanque, pois nada mais se fez que abrirem-se portas de unidades escolares em sua maioria com estética atrativa, mas também com estruturas duvidosas, só comparadas à pedagogia que passou a habitar seus interiores.
Portanto, o desejo e a necessidade de se poder ter filhos em uma escola para que ele possa um dia se transformar em um alguém nesta vida, alimentou sonhos e abasteceu de votos grupos políticos.
Sem maiores questionamentos, mesmo assim, foi uma revolução de costumes, uma abertura sem precedentes de oportunidades para nossos jovens e, principalmente, nossas crianças que, até então, não recebiam os devidos incentivos e tão pouco eram acolhidas pelo Estado, no mais básico de seus direitos, depois do direito à própria vida.
Todavia, não é bem isto que se constata, pois jamais em tempo algum, tantas e tantas crianças e adolescentes passaram a sair das unidades escolares sem os preparos esperados, assim como desabou como um castelo de cartas um real desenvolvimento intelectual, até porque, esta palavra tornou-se uma blasfêmia e até motivo de agressões, pois, afinal, ter educação formal, pensar e possuir conhecimentos diversificados, tornou-se pecado mortal.
Observou-se ao longo dos anos que o” faz de conta “se estabeleceu e nós, comprometidos com a nossa própria impotência, fomos aceitando como verdades as mazelas que se produziam em nossa educação formal, sem nos apercebermos que as bactérias e fungos que corroíam-na eram as mesmas que minavam a nossa educação doméstica. E nesta simbiose doentia, fomos deixando as chagas se desenvolverem ao ponto  de hoje estarmos absolutamente surpresos ao constatarmos que em nossa Itaparica, as intenções  travestiram-se em reais rumos educacionais, em uma tentativa lúcida de reconhecimento que sem uma reforma embasada nas estruturas físicas e emocionais dos agentes envolvidos, que no caso são família e escola, nada poderia se desenvolver no Município que viesse a se caracterizar como sério e oportuno e que viesse a verdadeiramente representar ganhos para o povo em futuros próximos.
Particularmente, venho acompanhando as passadas educacionais de nossa cidade e já não me surpreendo, apenas constato que a qualidade que venho observando é tão somente fruto de intenções e ações, pautadas com a devida competência e seriedade que, afinal, contamina tanto quanto o contrário e que tem estimulado os agentes envolvidos à também buscarem o melhor de suas capacidades para oferecer unidades de excelência e uma integração que concomitantemente cresce garantindo aos meus olhos de educadora a certeza de um sólido desenvolvimento, que se refletirá através dos próximos anos.
Afinal, nada acontece de repente, mas tudo depende de quem o faz.
Parabenizo ao Professor Raimundo Pereira e toda a equipe da Secretaria de Educação, assim como as diretoras, coordenadoras, porteiros, merendeiras de cada unidade escolar deste Município, por que afinal, sem união de propósitos, nada, absolutamente nada se realiza. E, é claro, como cidadã participativa, agradeço ao Prefeito Raimundo da Hora, pois sem sua efetiva participação, colaboração e canetadas abençoadas, menos ainda teria sido possível realizar.
Finalmente, constato o princípio do fim do “faz de conta”
Particularmente, aplaudo sem surpresas, apenas num devido reconhecimento.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

LIBERDADE OU LIBERTINAGEM


Que me perdoem os simpatizantes e, até mesmo, apaixonados pelo atual carnaval brasileiro, pois particularmente estou feliz que ele esteja chegando ao fim. Bem, claro que não me refiro aos blocos de bairro, as festas pontuais onde há desfile e verdadeira tradição que antecedem à Quaresma. Refiro-me ao comércio que chamam de “carnaval alegre e organizado” e que na realidade trata-se de instigadores da insensatez, alienação e do atordoamento que as pessoas sentem por elas mesmas, pois se lançam como alucinadas, induzidas pela certeza de que no carnaval podem finalmente se liberarem, fazendo tudo quanto suas frustrações imaginativas foram capazes de armazenar.
 Ufa! Sei que para um mundão de gente não passo de uma idiota fundamentalista retrógrada, mas estou apenas exercendo o meu também direito de dizer e escrever o que creio ser a minha visão pessoal, afinal, será que o politicamente correto só dá direito a sorrir, concordar e se calar frente às revolucionárias posturas progressistas, onde liberar-se de tudo virou costume?
Ah! Confesso que estou enfarada de ter que engolir o fel do que me  afronta, ou que ainda não consigo compreender e assimilar só para não ser desagradável, ou o que é pior, condenada. Para mim, o carnaval de modo geral transformou-se em palcos apocalípticos, onde o vale tudo também é regra geral.
Não sou capaz de enxergar qualquer sentido numa festa que para ser considerada sucesso, precisa que as pessoas violentem a si mesmas em demonstrações melancólicas de explicitude pessoal, tendo como incentivo as drogas, o álcool e o ensurdecedor barulho de trios elétricos, tirando delas qualquer resquício de respeito próprio e ética postural.
As Tevês e a internet vão registrando os grandes momentos que chamam de apoteóticos e, na maioria deles, tudo que se vê são pessoas estranhas, se esbarrando e se esfregando nos suores um dos outros, nas trocas de beijos, sem que se tenha qualquer noção de preservação pessoal e nas demonstrações de sexo explícito nos guetos, escurinhos das esquinas e becos.
Tudo me parece assustador, um “Inferno de Dante” Tupiniquim, que rende muito dinheiro, assim como infindáveis mazelas, nas quartas-feiras de cinzas, nas contagens pessoais.
Minha aversão é tão explicita que chego a sentir o cheiro repugnante da mistura dos perfumes baratos com os suores e a cerveja, isto, sem mencionar o odor dos xixis que se espalha fazendo feder ruas e avenidas.
Reconheço que em uma época do “Politicamente Correto”, eu deveria no mínimo me calar e sorrir, achando tudo uma maravilha, mas não posso, afinal, se é dado o direito às pessoas de trazerem para a minha vida suas verdades pessoais, fazendo delas espadas ancoradas por leis, onde por proteção pessoal, sou obrigada a achar normal, creio que também posso defender o meu direito de enxergar no carnaval uma grande putaria, onde a liberdade de ser e de querer, foi substituída pela libertinagem de se fazer loucuras, amparadas  e aplaudidas por uma sociedade perdida e totalmente confusa, que foi abrindo portas às concessões aqui e acolá  e que agora se vê esmagada e sem saída em meio a milhares de inversões de pequenos, mas valiosos, valores que preservavam a família e a educação como pilares de suas culturas e passadas progressistas.
Fomos permitindo a troca irracional do certo pelo duvidoso e ao invés de irmos alterando, mas conservando as raízes, como sempre a humanidade fez ao longo de sua história, optamos pela ruptura dos valores e tradições sem que tivéssemos qualquer noção dos rumos que estes novos caminhos que estávamos traçando nos destinariam.
Penso que as mazelas que nós brasileiros estamos vivenciando e nos escondendo sobre os reflexos brilhantes das luzes e dos sons alucinantes, são, tão somente, a somatória das inconsequências em ir aceitando tudo, como se maravilhosa modernidade sem quaisquer limites fosse, abrindo assim as porteiras de um inferno social que vivenciamos a cada instante de nossas vidas, seja nas grandes capitais ou nas mais reduzidas e remotas cidades do interior.
O carnaval depravado é só mais uma expressabilidade do caos apocalíptico em que transformamos a nossa sociedade, onde tudo é normal e o politicamente correto é engolir em seco, sorrir e aceitar.





domingo, 15 de fevereiro de 2015

DONDE VIM...


São cinco horas da manhã, o dia ainda tímido em sua luminosidade, mas absolutamente desperto em seu cotidiano, já me presenteia com seus sons e aromas e, enquanto isto, delicio-me com a única certeza que me envolve e me move, que é a de me sentir viva, saudável e com um sentimento maior de gratidão, por poder estar neste exato momento, sentindo as brisas ainda frescas, tocarem o meu rosto, como se quisessem não me deixar esquecer de que a vida é sempre bonita  e que o todo restante, terá exatamente, a cor, os aromas e o ritmo que eu determinar.
Penso no ritmo, porque afinal, estamos no domingo de carnaval com o agravante de ser o carnaval da Bahia. Todavia, penso que ainda assim, o ritmo quem determina sou eu, seja aqui e agora ou em qualquer época de nossas vidas.
Enquanto escrevo, ouço a cantoria dos pássaros e penso imediatamente nas maritacas e nos abacates de meu sítio das montanhas de Minas, donde vim e que, neste instante, sinto doces saudades.
Fecho os olhos, respiro fundo e sinto o cheirinho da vegetação que sempre me abasteceu para eu não esqueça, que o  determina o hoje é a minha capacidade em não esquecer o ontem, fazendo dele, tão somente, um rico aprendizado, para que a cada instante, minhas passadas se tornem mais suaves e a carga dos anos vividos, assim, nem tão pesados.

Apaixonada, mas também saudosa, abraço a vida e a todos  vocês.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

NÃO HÁ VAZIOS...

Não há vazio entre a terra e o espaço, pois são dois corpos que interagem em constante movimento.
Não há vazios entre você e nós, pois somos infinitas moléculas armazenadas em um só bendito núcleo.
Não há vazios entre seu corpo e sua mente, pois são muitos instrumentos de uma só orquestra.
Não há vazios entre a vida e o universo, justo porque são caracteres de uma só energia.

Não há espaços vazios entre o querer e o fazer, porque existe o fator da vontade voluntária, Deus infinito de seus quereres.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

CASCATA DE AMOR

Há uma imensidão de emoções jorrando de mim,
como cascatas volumosas que já não se esborracham no solo,
 salpicando e ferindo com força ao logo do caminho.
Fui aprendendo a contê-las sem, no entanto, represa-las.
Deixo-as deslizarem por todo o meu ser até atingirem seus objetivos
sem ferir-me e sem fazer doer as encostas que me acolhem.
Nem quente, nem fria, apenas natural e ao chegar ao regaço que se formou a meus pés deito-me com firmeza, sem machucar as águas que me aguardam, assustar as vidas que lá já residem, sem agredir todo o amparo que se formou ao meu redor.
Fui rego e até rio, agora sou cascata de amor...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

FAZER O QUÊ?


Por necessidade de meu trabalho, diariamente, assisto os jornais logo bem cedinho, mas confesso que ando enfarada com a enxurrada de mesmices que ora são enfadonhas, ora são chocantes, reconhecendo, no entanto, que ambas são invasivas.
Então, refugio-me na contemplação da natureza na busca incessante de inspiração para tão somente ser capaz de absorver o belo para ser capaz de transmitir o ruim sem nele me contaminar, correndo o risco de me tornar uma desesperançada.
Na realidade, tudo não passa de atalhos que nossas mentes buscam na ousada tentativa de sobrevivência, já que o cotidiano sistêmico por si só já desgasta e faz doer, e se a ele for acrescido o impensável, o imponderável, o totalmente ilógico, aí, tudo fica quase insuportável.
Sinto que estamos vivenciando em nosso país uma era de absurdos tão grandes de serem devidamente mensurados, que tudo que me resta é justo refugiar-me na ainda existente natureza, fonte que até a pouco tempo, cri que jamais se esgotaria, mas que nós, criaturinhas destruidoras, já colocamos em risco.
Acabamos praticamente com a Mata Atlântica e, por consequência, comprometemos as nascentes dos rios, os lençóis freáticos, a fauna, a flora e a nossa própria existência.
Que coisa, hein!
E ainda não satisfeitos, fomos mais além, roubando e acelerando todo este processo de devastação ambiental, na ganância pessoal, na incompetência profissional, na arrogância política e na alienação social.
Então, fazer o quê, se todo mundo sabe de tudo, assim como fazer de tudo, tendo mil doutores em tudo e, verdadeiramente, ninguém faz nada, além das práticas já conhecidas e desgastadas que somos informados através dos meios de comunicação?
Refugio-me nos aromas e nas cores, apalpando a vida com os meus sentidos, na certeza de poder sentir com mais consistência a minha própria vida, que vejo esvair-se neste cotidiano devastador.

E assim, intuitivamente, reabasteço-me e recomeço a cada manhã este duelo sem fim entre o Deus e o Diabo, que habitam em cada um de nós.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

BOM DIA !!!!
Mantenho os olhos fechados e posso enxergar o dia que vem se aproximando lentamente. Lá vem ela trazendo consigo, o som dos pássaros como abre alas e por onde passa, como uma infinita onda, envolve e desperta.
São quase cinco horas da manhã e como num arrastão de vida, finalmente posso senti-la esplendorosa, lembrando-me com os seus brilhos e sons matinais, que viver é bonito e é gratificante, para todo aquele que consegue enxergar suas nuances e diversidades.

Um beijinho no coração e que esta semana que marca o início de fevereiro, seja de absoluta Luz para todos nós.

NEM PARA ESTERCO HÃO DE SERVIR...

A ruminação é o ato de regurgitar o bolo alimentar à boca, remastigando-o demoradamente, de modo a propiciar maior fragmentação das partícul...